Leandra Brito foi indicada como assessora técnica no gabinete pessoal do presidente
RIO — A servidora Leandra Barbosa dos Santos Brito, apontada como babá de Michelzinho, filho de Michel Temer, foi nomeada para um novo cargo público: o de assessora técnica no gabinete pessoal do presidente. A indicação consta no Diário Oficial da União (DOU) desta quinta-feira.
A mulher ganhou notoriedade há duas semanas, quando o colunista do GLOBO Lauro Jardim informou que o Palácio do Planalto custeava a babá a Michelzinho, de 8 anos. Na época, ela ocupava posto de assessora técnica no Gabinete de Informação em Apoio à Decisão (Gaia), órgão responsável por auxiliar o presidente com dados em deliberações do governo.
O DOU desta quinta-feira não registra a exoneração da servidora do antigo cargo. Ao GLOBO, Leandra negou ser babá de Michelzinho, mas disse apenas que deve assessorar o presidente e a primeira-dama, Marcela Temer, “em toda e qualquer situação”. Recebia à época R$ 5.194 mensais, fora as diárias referentes às viagens.
Com a repercussão, Temer também negou que o filho tivesse babá, mas admitiu que uma assessora do Palácio do Planalto cuida da residência presidencial. O presidente afirmou que o Planalto iria avaliar se ela deveria mudar de órgão. Leandra trabalha no Palácio do Jaburu, residência oficial, e em viagens da família, como na Páscoa ou no Ano Novo.
— Babá do meu filho coisa nenhuma. Não vou deixar ele ficar sabendo disso, porque vai ficar ofendido — declarou Temer.
O peemedebista afirmou que, por ter oito anos, o filho não precisa de babá. Isso seria necessário até “três ou quatro anos de idade”, disse.
— Saí da vice (Presidência) para a estrutura da Presidência, e está havendo adequações. Estão vendo o fato de ela ser contratada por um órgão aqui interno, se pode ou não prestar serviços lá (Jaburu). Se não puder prestar serviços, evidentemente que haverá reformulação — completou.
Naquele momento, o Planalto informava que ela seria transferida do gabinete para o staff que serve à família presidencial, e alegava questões burocráticas para a demora.
Por Júlia Cople
O Globo – 25/05/2017 11:08 (DF)